Mais adiante os saraus em terras brasileiras ganham expectadores muito atentos que, da senzala, apreciam os gestos feitos pelo mestre de cerimônias na abertura dos salões e condução dos casais. A seguir montam sua própria roda de dança e jocosamente, refletem todo o gestual, numa caricatura da corte. Por conseguinte as vestimentas do Mestre Sala e da Porta Bandeira se inspira na indumentária da época. E os passos do casal jamais lembra o samba, mas a aristocrática dança dos salões.
Esta história vem desde os primórdios das escolas de samba, quando estas eram chamadas de ranchos carnavalescos, e a dupla era conhecida por baliza e porta estandarte.
O baliza, hoje Mestre Sala , tinha a incumbência de defender sua companheira e o estandarte por ela carregado, uma vez que esta peça corria o risco de ser arrebatada por componentes de outros grupos desfilantes rivais.O “roubo” ocorria, normalmente, no clima da euforia momesca, quando as agremiações se apresentavam e os Mestre Salas, desenvolvendo o bailado se descuidavam da proteção da Porta Bandeira.As Porta Estandartes, hoje Porta Bandeiras, contavam ainda com outro tipo de proteção(os chamados porta machados), exercidas por garotos que ficavam ladeando a “protegida”. A garotada foi aos poucos sendo substituída nas escolas de samba pelas chamadas “bainas-de-linha”, na verdade homens fantasiados de baiana, com navalhas presas às pernas, que ficavam nas laterais das escolas exercendo a função de protetores.
A partir da oficialização das Escolas de Samba, o Mestre Sala e a Porta Bandeira tornaram-se os principais personagens da escola que defendem.
Ramon Carvalho
uau linda historia adorei
ResponderExcluirObrigado pelo registro e pela referência. Em breve vou publicar material com mais aprofundamento teórico. Abraços! #ramãocarvalho.
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